LatAm Tech Weekly
#8 - EDIÇÃO ESPECIAL - SNOWBALLER COLLAB - O Maior Negócio Privado da História da Tecnologia: A Saga da OpenAI & Novidades da semana em IA
Oi pessoal ! nessa edição eu, me juntei ao Snowballer para contar tudo sobre o maior round de investimento da história que foi feito pela OpenAI.
Se você ainda não acompanha nossas newsletters, essa é a hora! Vem entender como esse movimento pode mudar o jogo da tecnologia — e aproveita pra ficar por dentro de tudo que está rolando no mercado.
Em um movimento que ficará marcado nos livros de história da tecnologia, a OpenAI, a startup de inteligência artificial mais influente do mundo, protagonizou o maior negócio privado já registrado no setor.
Esta é a história de como a empresa fundada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos evoluiu para se tornar o epicentro da próxima revolução tecnológica — e atraiu investimentos em uma escala jamais vista.
A OpenAI foi fundada com uma missão ambiciosa: desenvolver inteligência artificial de forma segura e benéfica para toda a humanidade.
Nomes como Elon Musk, Sam Altman, Greg Brockman e Ilya Sutskever estavam entre os pioneiros da iniciativa.
Inicialmente, a organização operava como uma entidade sem fins lucrativos, resistindo à lógica tradicional do Vale do Silício.
No entanto, o sonho de construir uma inteligência artificial geral (AGI) — sistemas capazes de realizar qualquer tarefa intelectual que um ser humano pode fazer — revelou-se extremamente caro.
Em 2019, sob a liderança de Sam Altman, a OpenAI criou uma estrutura híbrida: uma "capped-profit" company (empresa de lucro limitado), permitindo atrair capital privado enquanto limitava o retorno dos investidores a cerca de 100 vezes o investimento inicial.
Essa mudança preparou o terreno para o que viria a seguir.
ChatGPT
Em 2022, a OpenAI lançou o ChatGPT, um modelo de linguagem generativa que rapidamente se tornou um fenômeno global. Em questão de meses, o ChatGPT acumulou milhões de usuários, atingindo uma adoção mais rápida do que qualquer tecnologia anterior, incluindo redes sociais e smartphones.
Essa popularidade colocou a inteligência artificial no centro das atenções de governos, empresas e investidores do mundo todo.
De repente, a OpenAI não era apenas uma startup promissora — era o símbolo da próxima era tecnológica.
A Microsoft foi a primeira gigante a apostar pesado, investindo inicialmente US$ 1 bilhão e depois expandindo sua parceria estratégica para integrar modelos da OpenAI em seus produtos como o Azure, o Office e o Bing.
Mas o que aconteceu a seguir superou todas as expectativas.
O "Tender Offer"
Em 2024-2025, a OpenAI organizou uma operação conhecida como "tender offer" — uma oferta de recompra de ações para permitir que funcionários e investidores antigos vendessem parte de suas participações.
O montante total dessa operação privada atingiu cerca de US$ 86 bilhões em avaliação da empresa — um número sem precedentes para uma empresa privada de tecnologia.
Para se ter uma ideia, o IPO da Meta (Facebook) em 2012 avaliou a empresa em "apenas" US$ 104 bilhões, mas isso foi no mercado público.
O que a OpenAI fez no mercado privado não tinha paralelo.
Investidores de peso, fundos soberanos, gestoras de venture capital e indivíduos ultra-ricos disputaram participação nesse tender offer.
Com o financiamento, a OpenAI consolidou sua posição como a força dominante no setor de IA, enquanto seus funcionários se tornaram multimilionários quase da noite para o dia.
Como isso mudou o jogo? Você deve estar se perguntando….
Este mega-acordo não apenas redefiniu o que é possível no financiamento privado de tecnologia, como também sinalizou uma nova era: o valor econômico das empresas de IA, especialmente aquelas capazes de desenvolver AGI, pode superar qualquer precedente anterior.
A OpenAI continua a expandir seus modelos de linguagem, criar novos produtos e investir em infraestruturas massivas para treinar sistemas cada vez mais poderosos. Em paralelo, a empresa também enfrenta desafios: preocupações éticas, competição intensa e regulamentações globais que começam a surgir.
Mas uma coisa é certa: ao organizar o maior negócio privado da história da tecnologia, a OpenAI solidificou seu lugar como protagonista da narrativa do século XXI.
SoftBank
Avanços em Inteligência Artificial anunciados nesta semana
🧠 Coding
Anthropic: Lançou o Claude Opus 4, considerado atualmente o modelo de codificação mais avançado do mundo. Alcançou as maiores pontuações nos benchmarks SWE-bench (72,5%) e Terminal-bench (43,2%), demonstrando capacidade de programar de forma autônoma por até sete horas em tarefas altamente complexas.
OpenAI: Anunciou um novo agente de codificação baseado em IA e adquiriu a Windsurf (antiga Codeium) por US$ 3 bilhões, reforçando seu posicionamento em ferramentas de desenvolvimento assistidas por IA.
Microsoft: Evoluiu o GitHub Copilot para um agente de codificação ainda mais autônomo, integrando-o ao Azure AI Foundry e lançando o Copilot Tuning, que permite fluxos de desenvolvimento personalizados.
Google: Apresentou o Jules, um assistente de codificação baseado em IA, além de expandir as capacidades do Gemini para oferecer mais recursos aos desenvolvedores.
🤖 Agentes
Anthropic: Em sua primeira conferência de desenvolvedores, destacou a implantação de agentes de IA como colaboradores virtuais, projetados para auxiliar — e não substituir — profissionais humanos. Os modelos Claude 4 suportam funcionalidades avançadas, como uso de ferramentas e raciocínio ampliado.
Microsoft: Focou na "explosão" de agentes de IA, introduzindo a orquestração multiagente no Copilot Studio e defendendo a criação de uma “web agentica” aberta, que permita a execução autônoma de tarefas entre diferentes plataformas.
Google: Lançou o Project Astra, que busca criar um assistente universal de IA, capaz de compreender contexto, planejar e executar tarefas. Também apresentou o Project Mariner, focado em agentes proativos para missões complexas.
OpenAI: Atualizou o modelo de IA que alimenta seu agente Operator, aprimorando sua eficiência e desempenho em aplicações reais.
🏢 Empresas
Anthropic: Reportou forte demanda por seus modelos no Reino Unido e planeja criar 100 novas vagas na Europa. Além disso, está oferecendo até US$ 20 mil em créditos de API para pesquisadores, incentivando a adoção de seus modelos em diversos setores.
Microsoft: Ampliou o Azure AI Foundry, agora com mais de 1.900 modelos, e lançou o Microsoft 365 Agents Toolkit para o Visual Studio, facilitando o desenvolvimento de agentes corporativos baseados em IA.
Google: Apresentou assinaturas em níveis para IA, incluindo o AI Pro (US$ 20/mês) e o AI Ultra (US$ 250/mês), oferecendo recursos avançados voltados a usuários corporativos.
OpenAI: Além da aquisição da Windsurf, comprou uma startup de dispositivos de IA do estúdio de design de Jony Ive, sinalizando uma aposta estratégica na integração da IA com hardware e soluções empresariais.
📊 Benchmarks
Anthropic: O Claude Opus 4 lidera os principais benchmarks do setor, com os melhores resultados no SWE-bench e Terminal-bench, além de excelente desempenho no MMLU e GPQA.
Google: O Gemini 2.5 Pro assumiu a liderança mundial nos rankings da WebDev Arena e da LMArena, superando concorrentes em diversas categorias.
Microsoft: Embora não tenha divulgado pontuações específicas, destacou as capacidades aprimoradas de seus agentes e modelos integrados ao Azure AI Foundry e GitHub Copilot.
OpenAI: As recentes aquisições e atualizações indicam foco em melhorar benchmarks de desempenho, embora resultados específicos não tenham sido divulgados.
🧑💻 Consumidor
Google: Reformulou o Google Search com o “AI Mode”, oferecendo uma experiência mais conversacional e similar a um chatbot. Também apresentou os óculos XR com Android, equipados com a IA do Gemini, buscando integrar a tecnologia ao dia a dia.
Microsoft: Aprimorou o Microsoft 365 com novos recursos de IA, incluindo o Copilot Tuning e a orquestração multiagente, para melhorar a produtividade e a experiência do usuário.
Anthropic: Embora seu foco principal esteja em aplicações corporativas, os avanços nos agentes de IA e nos modelos de codificação têm implicações importantes para ferramentas orientadas ao consumidor.
OpenAI: A aquisição da startup de dispositivos de IA do estúdio de Jony Ive sugere uma aposta no desenvolvimento de hardware orientado ao consumidor, possivelmente resultando em novos dispositivos integrados com IA para o uso cotidiano.